Se nos posts anteriores comentamos sobre a exclusão de grandes jogadores para a Copa do Mundo, seja por contusão ou opção dos treinadores, hoje falaremos sobre os candidatos a craque do Mundial que estão na África do Sul:
Messi (Argentina): é o melhor do mundo atualmente. Fez uma grande temporada pelo Barcelona e, embora não tenha conquistado a UEFA Champions League, vinha jogando ainda melhor que no ano passado, quando ganhou a Bola de Ouro da Fifa. Pela seleção, suas atuações ainda estão muito abaixo em relação ao que apresenta em seu clube, no entanto, a torcida argentina espera que na Copa ele enfim deslanche.
Rooney (Inglaterra): é um artilheiro nato e versátil, que joga tanto mais recuado quanto mais fixo na área. O camisa 10 da Inglaterra é a principal esperança dos torcedores da Terra da Rainha, que desta vez têm boas perspectivas de que a seleção saia da incômoda fila de 44 anos sem título.
Xavi (Espanha): a seleção espanhola é uma das favoritas ao título, apesar da fama de "amarelar" em mundiais. E Xavi é o grande mentor do meio-campo da "Fúria". É excelente na saída de bola, no passe e na finalização, além de ser exímio cobrador de faltas, caracterísitcas mais do que suficientes para fazer do jogador do Barcelona um craque decisivo.
Cristiano Ronaldo (Portugal): eleito o melhor do mundo em 2008 é um jogador de extremo talento. O Real Madrid fez uma temporada fraca para suas pretensões, mas mesmo assim Ronaldo foi o principal jogador da equipe, com boas atuações. Mesmo sua seleção não sendo apontada como favorita, Ronaldo pode ajudar os portuegueses a surpreenderem.
Kaká (Brasil): apesar de ter feito uma temporada ruim pelo Real Madrid por diversos motivos, mas principalmente contusão, o camisa 10, mesmo não estando 100%, tem potencial o suficiente para desequilibrar uma partida e decidi-la numa jogada.
Sneijder (Holanda): ao lado de Robben é a grande esperança dos holandeses para que enfim conquistem o título que passou tantas vezes perto da seleção laranja. Fez uma temporada formidável na Inter de Milão, onde conquistou a UEFA Champions League sendo um dos principais jogadores. Ele passa, finaliza e cobra faltas com extrema eficiência e representa melhor do que ninguém o estilo de jogo holandês, de muita movimentação e toque de bola.
Ribéry (França): a França não tem jogado como uma grande seleção desde a aposentadoria do gênio Zinedine Zidane. Classificou-se para a Copa na marra, com um gol irregular, o da famosa ajeitada com o braço de Thierry Henry, na repescagem das Eliminatórias contra a Irlanda. Mas Ribéry, apesar de estar longe de ser um gênio, tem muito talento e pode desequilibrar.
Drogba (Costa do Marfim): a seleção africana não é cogitada sequer para passar da primeira fase, já que caiu num grupo que tem Brasil e Portugal como favoritos. No entanto, o time que agora é comandado por Sven Goran Eriksson (ex-Inglaterra) tem jogadores que podem surpreender e fazer com que um time do continente que sedia o Mundial possa de fato chegar longe. E Drogba é o grande jogador dessa seleção, com seus gols bonitos e decisivos. Se repetir o que fez no Chelsea, o atacante, mesmo jogando contra seleções consideradas superiores à sua e tendo levado um susto (sofreu uma lesão no braço num amistoso contra o Japão na semana passada), será um grande nome neste mundial.
De Rossi (Itália): sem Totti, que não foi convocado pelo técnico Marcelo Lippi, e com Pirlo lesionado, o volante da Roma se tornou o principal jogador da Azzurra. É verdade que ele é um tanto quanto violento em algumas jogadas e até destoa dos craques apontados acima, mas De Rossi é um jogador de muita determinação e tem suas qualidades, principalmente na finalização, pois já marcou belos gols de fora da área. Sem contar que na seleção italiana ele sempre teve boas atuações.
Tárcio Cacossi
quarta-feira, 9 de junho de 2010
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Neymar e Ganso na seleção!

Neymar (à esq.) e Paulo Henrique Ganso comemoram gol do Santos
Dunga já tem praticamente definido o grupo que irá à Copa do Mundo. Durante os quatro anos em que ficou à frente da seleção o técnico acumulou bons resultados, vencendo adversários de peso como a arquirrival Argentina, Itália e Portugal (que está no mesmo grupo do Brasil na Copa), conquistou a Copa América e a Copa das Confederações, além de ter terminado as Eliminatórias na liderança.
Ao longo desse período, muitos jogadores se firmaram na renovada seleção, após o fiasco de 2006. Com os bons resultados e time entrosado, dificilmente Dunga deverá inovar na convocação para a Copa.
Como sempre há apelos da imprensa e dos torcedores para que alguns jogadores não fiquem de fora. No início do ano, o grande nome pedido era Ronaldinho Gaúcho, com a argumentação de que ele poderia decidir o jogo num lance, pois já foi o melhor do mundo duas vezes e além disso vinha fazendo boas partidas pelo Milan. No entanto, em jogos decisivos o como contra a Internazionale no Campeonato Italiano e contra o Manchester United na Liga dos Campeões, o time italiano não foi bem e Ronaldinho, mesmo com boas atuações, não foi decisivo como se esperava.
Soma-se a isso o fraco desempenho de Ronaldinho nas vezes em que foi convocado por Dunga e principalmente o surgimento de um time absolutamente fantástico: o Santos de 2010.
Neymar, Paulo Henrique Ganso e Cia, reforçados por Robinho, este com lugar cativo na seleção, encantam o futebol brasileiro neste momento. Apesar de não terem nunca sido convocados para a seleção principal, somente para as de base, os dois principais jovens do Santos passaram de promessa a realidade e os apelos para que sejam convocados para a Copa têm justificativas suficientes, jogo após jogo.
Ganso é o mais indispensável, pois se encaixaria perfeitamente como um reserva de Kaká, já que não há nenhum outro jogador brasileiro em boa fase com as características parecidas às do craque do Real Madrid, principal jogador da seleção, mas que está contundido e não faz uma boa temporada. Uma eventual saída de Kaká seria um desastre para o time brasileiro, levando-se em conta a lista das últimas convocações de Dunga. Não haveria substituto à altura. O único no momento seria Paulo Henrique Ganso, jogador muito tranquilo, de personalidade e que, apesar da pouca idade, joga com a inteligência de um jogador experiente.
No ataque, Neymar também seria uma grande alternativa de criatividade e habilidade. É um jogador que amadureceu muito e nesta temporada mostra muita personalidade dentro de campo, realizando jogadas sensacionais. Não se sente em nenhum momento intimidado pelos adversários. É incisivo a todo momento.
Depois da atuação de ontem, em que marcou cinco gols na vitória por 8 a 1 do Santos diante do Guarani pela Copa do Brasil, o menino da Vila disse que sonha a todo o momento com a seleção. Está com fome de bola e os jogadores de confiança de Dunga para o ataque não vivem boa fase.
Dunga, que gosta de quem joga com fome de bola, deveria convocá-los!
No próximo post, traremos a opinião do blog para a convocação de outros jogadores e a lista que sugeriremos, comparada à lista que Dunga deverá anunciar.
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Sleção Brasileira
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Franca, a cidade do basquete brasileiro
Tárcio Cacossi
Grande reportagem do Sportv sobre o time de basquete de Franca. Vale a pena conferir!
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
O fator Muricy
Tárcio Cacossi


São vários os personagens que merecem destaque na conquista do Tri-Hexa-Campeonato Brasileiro pelo São Paulo, mas nenhum tanto quanto Muricy Ramalho, que centraliza os fatores que levaram o Tricolor ao título.
Basicamente por ser o único a conseguir a façanha de conquistar três títulos consecutivos por um mesmo clube, que por sua vez também fez história ao ser o primeiro hexacampeão nacional.
Mas muito mais por ser o grande responsável pela recuperação de um time desacreditado após a queda na Libertadores e que não engrenava no Campeonato Brasileiro (soa repetitivo, mas é importante ressaltar que a equipe chegou a ficar 11 atrás do Grêmio).
Após a pressão que sofreu com a eliminação no torneio mais importante da América, o treinador precisava da confiança e do respaldo da diretoria para seguir seu trabalho, reanimar o grupo e recolocá-lo nos trilhos da vitória. Muricy sabia que os jogadores poderiam render mais. Isso era evidente, pois havia a base da equipe bi-campeã. Um time com Rogério Ceni, André Dias, Miranda, Jorge Wagner e principalmente Hernanes não poderia ficar fora da disputa pelo título. E o presidente Juvenal Juvêncio, que entende de futebol, ao contrário de muitos cartolas, soube constatar isso.
Dessa forma, o triunfo são-paulino, consolidado no segundo turno com uma seqüência de 18 jogos sem derrota, foi o resultado de uma decisão mais do que certa do presidente, que bancou a permanência de Muricy à frente equipe, provando que o modelo de gestão do São Paulo, que se não é perfeito, é o que menos permite erros, por pensar o básico, que é investir em estrutura, não gastar o que não tem e trabalhar a longo prazo. Por isso, deve ser tido como referência para os outros clubes do Brasil.
Mesmo que o clube não tenha tido tanto sucesso nas contratações, com exceção de Adriano (que jogou muito no primeiro semestre, mas não conquistou títulos), a base dos anos anteriores foi mantida e Muricy soube recorrer à mesma quando precisou. Por conhecer o elenco e tê-lo nas mãos, somente ele poderia recuperar a equipe, caracterizada novamente pela versatilidade.
Eis os campeões. Time-base:
GOLEIRO
Rogério Ceni: líder, capitão, goleiro, líbero e muito mais.
DEFESA
André Dias: disposição e preparo físico incríveis.
Miranda: tempo perfeito de bola e a categoria de um meia.
Rodrigo: chegou por último, deu conta do recado tanto como zagueiro como lateral-direito quando Muricy precisou.
MEIO-CAMPO
Zé Luís: de desacreditado passou a ter papel fundamental, pois jogou tanto na ala como de volante e até de zagueiro. Devido a uma contusão, foi substituído por Joílson, contratado junto ao Botafogo, que começou mal a temporada e se não teve tanto destaque na reta final, não comprometeu.
Jean: Depois de ter rodado em outros clubes, o volante que começou no São Paulo, ganhou a confiança de Muricy, que o colocou na posição de Richarlyson que vinha mal e possibilitou uma mudança no esquema tático. O time passou a jogar no 3-1-4-2, sendo Jean o único volante fixo.
Hernanes: após a entrada de Jean, passou a jogar como meia, ao lado de Hugo, e foi o melhor do campeonato, mesmo tendo se ausentado em algumas rodadas por servir a seleção nas Olimpíadas.
Hugo: Chegou a deixar o clube, mas Muricy o chamou de volta. Foi vice-artilheiro da equipe na competição com 14 gols.
Jorge Wagner: Destacou-se por sua eficiência nas bolas paradas e por crescer nos momentos decisivos
ATAQUE
Dagoberto: Não chegou a recuperar totalmente o futebol dos tempos de Atlético-PR, mas após ter levado muitas broncas de Muricy, passou a ser bastante eficiente.
Borges: Sofreu duas contusões. Ficou 11 partidas ausente, mas em seis jogos na reta final marcou oito gols e terminou a temporada como artilheiro da equipe com 26 gols.
Basicamente por ser o único a conseguir a façanha de conquistar três títulos consecutivos por um mesmo clube, que por sua vez também fez história ao ser o primeiro hexacampeão nacional.
Mas muito mais por ser o grande responsável pela recuperação de um time desacreditado após a queda na Libertadores e que não engrenava no Campeonato Brasileiro (soa repetitivo, mas é importante ressaltar que a equipe chegou a ficar 11 atrás do Grêmio).
Após a pressão que sofreu com a eliminação no torneio mais importante da América, o treinador precisava da confiança e do respaldo da diretoria para seguir seu trabalho, reanimar o grupo e recolocá-lo nos trilhos da vitória. Muricy sabia que os jogadores poderiam render mais. Isso era evidente, pois havia a base da equipe bi-campeã. Um time com Rogério Ceni, André Dias, Miranda, Jorge Wagner e principalmente Hernanes não poderia ficar fora da disputa pelo título. E o presidente Juvenal Juvêncio, que entende de futebol, ao contrário de muitos cartolas, soube constatar isso.
Dessa forma, o triunfo são-paulino, consolidado no segundo turno com uma seqüência de 18 jogos sem derrota, foi o resultado de uma decisão mais do que certa do presidente, que bancou a permanência de Muricy à frente equipe, provando que o modelo de gestão do São Paulo, que se não é perfeito, é o que menos permite erros, por pensar o básico, que é investir em estrutura, não gastar o que não tem e trabalhar a longo prazo. Por isso, deve ser tido como referência para os outros clubes do Brasil.
Mesmo que o clube não tenha tido tanto sucesso nas contratações, com exceção de Adriano (que jogou muito no primeiro semestre, mas não conquistou títulos), a base dos anos anteriores foi mantida e Muricy soube recorrer à mesma quando precisou. Por conhecer o elenco e tê-lo nas mãos, somente ele poderia recuperar a equipe, caracterizada novamente pela versatilidade.
Eis os campeões. Time-base:
GOLEIRO
Rogério Ceni: líder, capitão, goleiro, líbero e muito mais.
DEFESA
André Dias: disposição e preparo físico incríveis.
Miranda: tempo perfeito de bola e a categoria de um meia.
Rodrigo: chegou por último, deu conta do recado tanto como zagueiro como lateral-direito quando Muricy precisou.
MEIO-CAMPO
Zé Luís: de desacreditado passou a ter papel fundamental, pois jogou tanto na ala como de volante e até de zagueiro. Devido a uma contusão, foi substituído por Joílson, contratado junto ao Botafogo, que começou mal a temporada e se não teve tanto destaque na reta final, não comprometeu.
Jean: Depois de ter rodado em outros clubes, o volante que começou no São Paulo, ganhou a confiança de Muricy, que o colocou na posição de Richarlyson que vinha mal e possibilitou uma mudança no esquema tático. O time passou a jogar no 3-1-4-2, sendo Jean o único volante fixo.
Hernanes: após a entrada de Jean, passou a jogar como meia, ao lado de Hugo, e foi o melhor do campeonato, mesmo tendo se ausentado em algumas rodadas por servir a seleção nas Olimpíadas.
Hugo: Chegou a deixar o clube, mas Muricy o chamou de volta. Foi vice-artilheiro da equipe na competição com 14 gols.
Jorge Wagner: Destacou-se por sua eficiência nas bolas paradas e por crescer nos momentos decisivos
ATAQUE
Dagoberto: Não chegou a recuperar totalmente o futebol dos tempos de Atlético-PR, mas após ter levado muitas broncas de Muricy, passou a ser bastante eficiente.
Borges: Sofreu duas contusões. Ficou 11 partidas ausente, mas em seis jogos na reta final marcou oito gols e terminou a temporada como artilheiro da equipe com 26 gols.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
CDAPH: nossa história bem cuidada
Tárcio Cacossi
CDAPH abriga acervo de documentos históricos de Bragança Paulista e região e se consolida como um grande centro de pesquisa
Departamento da Universidade São Francisco conta agora também com documentos do Museu Municipal
“Lidar com a história não é lidar só com o passado, mas também com o presente, para entendermos o que acontece hoje”, resume Maria de Fátima Bueno, historiadora, arquivista, professora da Universidade São Francisco (USF) e coordenadora do Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa em História da Educação (CDAPH), ressaltando a importância de preservar o patrimônio histórico.
Leia mais
CDAPH abriga acervo de documentos históricos de Bragança Paulista e região e se consolida como um grande centro de pesquisa
Departamento da Universidade São Francisco conta agora também com documentos do Museu Municipal
“Lidar com a história não é lidar só com o passado, mas também com o presente, para entendermos o que acontece hoje”, resume Maria de Fátima Bueno, historiadora, arquivista, professora da Universidade São Francisco (USF) e coordenadora do Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa em História da Educação (CDAPH), ressaltando a importância de preservar o patrimônio histórico.
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segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Aguardando a ironia do destino
Tárcio Cacossi
Na Série B do Campeonato Brasileiro, o Bragantino começou o segundo turno de maneira avassaladora, com uma seqüência de seis vitórias, que o colocou na briga pelo G4, mas depois disso caiu de produção e voltou a oscilar no campeonato, a exemplo dos outros times, com exceção do Corinthians. Embora o Braga tenha conseguido manter-se nas primeiras colocações e não tenha deixado de rondar a zona de classificação para a primeira divisão, curiosamente é o único dos que ainda brigam matematicamente por um lugar na Série A, que não esteve entre os quatro primeiros colocados. Os outros já estiveram lá e o Braga sempre foi renegado, no entanto, os torcedores ainda aguardam o milagre de que o G4 abra suas portas para o Massa Bruta justamente na última rodada.
O Vila Nova que no primeiro turno ocupou o G4 em várias rodadas - chegou até a estar na segunda colocação - não manteve a mesma regularidade no segundo e está praticamente fora da Série A. O milagre de que necessita é ainda mais complexo que o do Bragantino.
Repetimos a palavra milagre, mas chegamos agora ao responsável por ela: o Barueri, quarto colocado, que se na próxima rodada vencer em casa o América-RN estará na Série A em 2009. O Bragantino, além de vencer o Fortaleza em Bragança Paulista, tem que torcer para que o Barueri faça no máximo um ponto nas duas partidas que restam para o término da competição (a última partida do Barueri é contra o Juventude fora de casa). Já para o Vila Nova, que precisará vencer o Brasiliense fora de casa, o Barueri não pode marcar nenhum ponto até o final.
Não serão partidas fáceis para os três postulantes à única vaga que resta na Série A do ano que vem, pois seus adversários na próxima rodada lutam por um objetivo oposto: fugir do rebaixamento, e também vêem a vitória como imprescindível.
Em situações delicadas, Bragantino e Vila Nova se enfrentam na última rodada, em Goiânia. Desde que ambas as equipes façam suas partes, cabe ao Barueri, que por sinal no segundo turno venceu os dois times fora de casa, determinar se essa partida valerá ou não alguma coisa.
EMOÇÃO À FLOR DA PELE
Pelo jeito, a briga pelo mais importante título nacional vai até a última rodada. No entanto, cada vez mais vai se restringindo entre São Paulo e Grêmio. Cruzeiro e Palmeiras, que se já estavam longe dessa disputa, praticamente deram adeus à mesma no último final de semana quando foram derrotados por igual placar: 5 a 2, respectivamente para Náutico e Flamengo, que pela exibição de gala, chegou à terceira colocação e voltou a ter uma gota de esperança pelo título, apesar de estar três pontos atrás do Grêmio e cinco do São Paulo.
Surpreendente é a queda do Palmeiras, que era apontado até há alguns dias como o principal candidato ao título e pode não conseguir sequer uma vaga na Libertadores. Ainda não temos a dimensão correta do que está acontecendo com o time do Parque Antártica, pois o campeonato ainda não acabou, mas é muito estranho a equipe ter “amarelado” dessa forma na reta final, perdendo as duas partidas em que mais precisava da vitória.
A lamentar, o fato de Vanderlei Luxemburgo ter sido agredido por vândalos de uma torcida uniformizada (que por sinal estavam vestidos como pessoas normais, sem os uniformes, e em bando, como sempre) no embarque da delegação ao Rio de Janeiro.
Embora Luxemburgo queira sempre se mostrar superior aos jogadores, se ache o melhor técnico do Brasil (apesar de fazer um trabalho inferior ao de Muricy Ramalho do São Paulo nos últimos anos), NADA justifica uma agressão. Não dá mais para aceitar que esse tipo de gente, que tem a cara de pau de dizer ser torcedor de um clube, continue envolvida com futebol. Se não bastassem as agressões contra o técnico do clube, o dirigente Savério Orlandi, recebeu ameaças de morte.
Mas provavelmente não acontecerá nada com os criminosos, já que estamos num país em que as leis não funcionam.
Na Série B do Campeonato Brasileiro, o Bragantino começou o segundo turno de maneira avassaladora, com uma seqüência de seis vitórias, que o colocou na briga pelo G4, mas depois disso caiu de produção e voltou a oscilar no campeonato, a exemplo dos outros times, com exceção do Corinthians. Embora o Braga tenha conseguido manter-se nas primeiras colocações e não tenha deixado de rondar a zona de classificação para a primeira divisão, curiosamente é o único dos que ainda brigam matematicamente por um lugar na Série A, que não esteve entre os quatro primeiros colocados. Os outros já estiveram lá e o Braga sempre foi renegado, no entanto, os torcedores ainda aguardam o milagre de que o G4 abra suas portas para o Massa Bruta justamente na última rodada.
O Vila Nova que no primeiro turno ocupou o G4 em várias rodadas - chegou até a estar na segunda colocação - não manteve a mesma regularidade no segundo e está praticamente fora da Série A. O milagre de que necessita é ainda mais complexo que o do Bragantino.
Repetimos a palavra milagre, mas chegamos agora ao responsável por ela: o Barueri, quarto colocado, que se na próxima rodada vencer em casa o América-RN estará na Série A em 2009. O Bragantino, além de vencer o Fortaleza em Bragança Paulista, tem que torcer para que o Barueri faça no máximo um ponto nas duas partidas que restam para o término da competição (a última partida do Barueri é contra o Juventude fora de casa). Já para o Vila Nova, que precisará vencer o Brasiliense fora de casa, o Barueri não pode marcar nenhum ponto até o final.
Não serão partidas fáceis para os três postulantes à única vaga que resta na Série A do ano que vem, pois seus adversários na próxima rodada lutam por um objetivo oposto: fugir do rebaixamento, e também vêem a vitória como imprescindível.
Em situações delicadas, Bragantino e Vila Nova se enfrentam na última rodada, em Goiânia. Desde que ambas as equipes façam suas partes, cabe ao Barueri, que por sinal no segundo turno venceu os dois times fora de casa, determinar se essa partida valerá ou não alguma coisa.
EMOÇÃO À FLOR DA PELE
Pelo jeito, a briga pelo mais importante título nacional vai até a última rodada. No entanto, cada vez mais vai se restringindo entre São Paulo e Grêmio. Cruzeiro e Palmeiras, que se já estavam longe dessa disputa, praticamente deram adeus à mesma no último final de semana quando foram derrotados por igual placar: 5 a 2, respectivamente para Náutico e Flamengo, que pela exibição de gala, chegou à terceira colocação e voltou a ter uma gota de esperança pelo título, apesar de estar três pontos atrás do Grêmio e cinco do São Paulo.
Surpreendente é a queda do Palmeiras, que era apontado até há alguns dias como o principal candidato ao título e pode não conseguir sequer uma vaga na Libertadores. Ainda não temos a dimensão correta do que está acontecendo com o time do Parque Antártica, pois o campeonato ainda não acabou, mas é muito estranho a equipe ter “amarelado” dessa forma na reta final, perdendo as duas partidas em que mais precisava da vitória.
A lamentar, o fato de Vanderlei Luxemburgo ter sido agredido por vândalos de uma torcida uniformizada (que por sinal estavam vestidos como pessoas normais, sem os uniformes, e em bando, como sempre) no embarque da delegação ao Rio de Janeiro.
Embora Luxemburgo queira sempre se mostrar superior aos jogadores, se ache o melhor técnico do Brasil (apesar de fazer um trabalho inferior ao de Muricy Ramalho do São Paulo nos últimos anos), NADA justifica uma agressão. Não dá mais para aceitar que esse tipo de gente, que tem a cara de pau de dizer ser torcedor de um clube, continue envolvida com futebol. Se não bastassem as agressões contra o técnico do clube, o dirigente Savério Orlandi, recebeu ameaças de morte.
Mas provavelmente não acontecerá nada com os criminosos, já que estamos num país em que as leis não funcionam.
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Brasileiro Série B 2008
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Um grande clássico no Canindé
Tárcio Cacossi
Torcedores da Portuguesa ficam chateados quando a imprensa deixa de considerar os confrontos da equipe lusitana contra os demais times grandes paulistas como clássico, mas o jogo do último sábado contra o São Paulo no Canindé foi digno de receber esse título, um dos melhores jogos do Campeonato Brasileiro.
A Portuguesa, na luta contra o rebaixamento, não se apequenou diante de uma equipe que brigava para se manter na liderança. Foi gigante. Talvez tenha disputado sua melhor partida na competição e será difícil jogar assim novamente, já que a motivação de vencer o líder, cujos torcedores lotaram metade de seu estádio empurrando os visitantes, motivaram todo o elenco, comissão técnica e torcedores da Lusa, a “defenderem seu território”. Pena que muitos levaram essa meta pelo lado da violência e a polícia, despreparada, conseguiu conter somente com gás de pimenta e violência a euforia e as ameaças de agressão entre os torcedores dos dois times.
Já o São Paulo demonstrou a frieza de um time campeão. Mesmo após sofrer dois empates conseguiu buscar nos instantes finais da partida o gol que garantiu a liderança. Pode-se considerar sorte, pois ainda nos acréscimos houve espaço para mais emoção com o chute de Edno no travessão do gol defendido por Rogério Ceni, mas essa não existe sem a competência.
A equipe de Muricy Ramalho não perde a consistência com desfalques e a prova disso foi que a ausência de Hugo não foi tão sentida como se imaginava. Hernanes mostrou mais uma vez ser fora de série jogando como um meia mais próximo dos atacantes, dando passes precisos. O camisa 15 tricolor, na opinião da coluna, é o melhor jogador do campeonato - mesmo tendo se ausentado por alguma rodadas quando defendeu a seleção olímpica - e para desespero dos são-paulinos, deve ser negociado com um grande clube europeu.
Além disso, há de se destacar a qualidade da defesa, que se não é a melhor do campeonato nos números (a do Grêmio sofreu 29 gols contra 33 do São Paulo) tecnicamente é inquestionável, principalmente quando se refere a Miranda. Já estava mais do que na hora de Dunga convocá-lo.
E para melhorar a situação são-paulina na busca de um tricampeonato consecutivo, feito inédito na história do Brasileirão, o Palmeiras, considerado seu oponente mais forte entre os que ainda estão na briga pelo título, com a derrota diante do Grêmio em pleno Palestra Itália, se distanciou e deixou o tricolor gaúcho mais próximo do paulista.
O técnico Vanderlei Luxemburgo, com sua mania de querer surpreender a todos na escalação, pareceu que surpreendeu até mesmo seus próprios jogadores, que demonstraram um desentrosamento muito grande. A equipe embolou no meio-campo e não teve criatividade nenhuma.
A falta de competência ofensiva do Palmeiras, desfalcado de Diego Souza e Kléber, fez com que o goleiro Marcos se lançasse desesperadamente ao ataque logo depois do gol do Grêmio. Infelizmente essa atitude só fez piorar a situação da equipe, pois Marcos como capitão, ao invés de procurar acalmar os companheiros em busca de reverter o resultado, se rendeu ao desespero e transmitiu isso para todo o grupo, fazendo com que o Palmeiras admitisse a derrota antes do apito final.
Na entrevista coletiva depois da partida, Luxemburgo, já com a moral abalada diante da torcida após a infelicidade de durante a semana comentar o jogo do Palmeiras contra o Argentinos Juniors pela Copa Sul-Americana na TV Globo, alfinetou Marcos dizendo que o goleiro saiu mais uma vez como São Marcos, por cima do restante do grupo.
Enfim, são muitos problemas para o Palmeiras resolver em pouco tempo, tanto dentro quanto fora de campo, e para piorar, na próxima rodada a equipe joga contra outro concorrente direto, o Flamengo, no Maracanã, que vem embalado após vencer o clássico contra o Botafogo.
Os tricolores vibram. O São Paulo está cada vez mais perto do título, mas com o sinal de alerta aceso no Morumbi, pois o Grêmio demonstra a força de também ser um time de chegada. Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo estão na espreita.
Torcedores da Portuguesa ficam chateados quando a imprensa deixa de considerar os confrontos da equipe lusitana contra os demais times grandes paulistas como clássico, mas o jogo do último sábado contra o São Paulo no Canindé foi digno de receber esse título, um dos melhores jogos do Campeonato Brasileiro.
A Portuguesa, na luta contra o rebaixamento, não se apequenou diante de uma equipe que brigava para se manter na liderança. Foi gigante. Talvez tenha disputado sua melhor partida na competição e será difícil jogar assim novamente, já que a motivação de vencer o líder, cujos torcedores lotaram metade de seu estádio empurrando os visitantes, motivaram todo o elenco, comissão técnica e torcedores da Lusa, a “defenderem seu território”. Pena que muitos levaram essa meta pelo lado da violência e a polícia, despreparada, conseguiu conter somente com gás de pimenta e violência a euforia e as ameaças de agressão entre os torcedores dos dois times.
Já o São Paulo demonstrou a frieza de um time campeão. Mesmo após sofrer dois empates conseguiu buscar nos instantes finais da partida o gol que garantiu a liderança. Pode-se considerar sorte, pois ainda nos acréscimos houve espaço para mais emoção com o chute de Edno no travessão do gol defendido por Rogério Ceni, mas essa não existe sem a competência.
A equipe de Muricy Ramalho não perde a consistência com desfalques e a prova disso foi que a ausência de Hugo não foi tão sentida como se imaginava. Hernanes mostrou mais uma vez ser fora de série jogando como um meia mais próximo dos atacantes, dando passes precisos. O camisa 15 tricolor, na opinião da coluna, é o melhor jogador do campeonato - mesmo tendo se ausentado por alguma rodadas quando defendeu a seleção olímpica - e para desespero dos são-paulinos, deve ser negociado com um grande clube europeu.
Além disso, há de se destacar a qualidade da defesa, que se não é a melhor do campeonato nos números (a do Grêmio sofreu 29 gols contra 33 do São Paulo) tecnicamente é inquestionável, principalmente quando se refere a Miranda. Já estava mais do que na hora de Dunga convocá-lo.
E para melhorar a situação são-paulina na busca de um tricampeonato consecutivo, feito inédito na história do Brasileirão, o Palmeiras, considerado seu oponente mais forte entre os que ainda estão na briga pelo título, com a derrota diante do Grêmio em pleno Palestra Itália, se distanciou e deixou o tricolor gaúcho mais próximo do paulista.
O técnico Vanderlei Luxemburgo, com sua mania de querer surpreender a todos na escalação, pareceu que surpreendeu até mesmo seus próprios jogadores, que demonstraram um desentrosamento muito grande. A equipe embolou no meio-campo e não teve criatividade nenhuma.
A falta de competência ofensiva do Palmeiras, desfalcado de Diego Souza e Kléber, fez com que o goleiro Marcos se lançasse desesperadamente ao ataque logo depois do gol do Grêmio. Infelizmente essa atitude só fez piorar a situação da equipe, pois Marcos como capitão, ao invés de procurar acalmar os companheiros em busca de reverter o resultado, se rendeu ao desespero e transmitiu isso para todo o grupo, fazendo com que o Palmeiras admitisse a derrota antes do apito final.
Na entrevista coletiva depois da partida, Luxemburgo, já com a moral abalada diante da torcida após a infelicidade de durante a semana comentar o jogo do Palmeiras contra o Argentinos Juniors pela Copa Sul-Americana na TV Globo, alfinetou Marcos dizendo que o goleiro saiu mais uma vez como São Marcos, por cima do restante do grupo.
Enfim, são muitos problemas para o Palmeiras resolver em pouco tempo, tanto dentro quanto fora de campo, e para piorar, na próxima rodada a equipe joga contra outro concorrente direto, o Flamengo, no Maracanã, que vem embalado após vencer o clássico contra o Botafogo.
Os tricolores vibram. O São Paulo está cada vez mais perto do título, mas com o sinal de alerta aceso no Morumbi, pois o Grêmio demonstra a força de também ser um time de chegada. Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo estão na espreita.
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